O dia está bonito lá fora, apesar do friozinho costumeiro aqui no sul do Brasil, nesta época. nem está muito frio. Mas temos um ventinho soprando mais forte.
Hoje estou com vontade de falar sobre a MORTE, porque afinal, esta ganhou mais um vivente importante pra mim esse ano. Ela levou meu pai daqui.
Meu pai havia completado seus 75 anos em dezembro de 2019, e ficou sabendo da sua doença de fato em setembro daquele ano. Eu contei pra ele, no dia do meu aniversário de 45 anos. Esse será um dia que não esquecerei, pois meu veio parece que não entendeu ou não quis registrar a informação que eu estava passando pra ele.
O levamos à capital do Estado para mais exames e realização de procedimento de quimio por embolização para tentar conter os tumores que se instalaram no fígado dele. Porém, muitos fatores foram resultantes da partida dele. Em setembro a médica especialista me informou que ele teria 1 ano de vida. Mas em outubro quando ele internou lá, as estimativas baixaram para 6 meses.
Foi sugerido transplante de fígado. Mas, na idade do pai, na condição em que ele estava e ainda toda a mudança e suporte que a família precisaria dar, ele nos disse que morar em outra cidade estaria FORA DE COGITAÇÃO. Meu pai... sempre pensando nos demais...
Para realizar transplante, tens de morar na cidade na qual esse será realizado até o momento da cirurgia, e por um tempo depois também.
Bem, mas o que a perda do meu pai tem a ver com tudo? ESTEATOSE HEPÁTICA.
Sim, meu pai foi diagnosticado com uma CIRROSE HEPÁTICA sem causa aparente. Pois essa doença evolui de uma hepatite, que ele não teve, de alcoolismo, que ele não tinha, por medicação, que ele nunca precisou pra nada ou, de ESTEATOSE.
Não foi confirmada nos exames a esteatose, pois meu pai já estava com o fígado completamente comprometido quando começou a sentir os sintomas que o fizeram finalmente procurar um médico... porém de acordo com o histórico do pai... que apesar de não apresentar nenhuma doença em mais de 70 anos, ser um homem que comia bem, muita fruta, muita verdura, ele também bebia muito leite, carnes e comia tudo que gostava. Teve épocas em que esteve bem acima do peso.
Todos os especialistas médicos que o atenderam me disseram que era praticamente certo que o pai teria desenvolvido cirrose de uma esteatose silenciosa.
Então, a obesidade mais uma vez veio registrar pra mim algo negativo e agora, significativo de fato... a MORTE.
É preciso regrar a vida, levar tudo em equilíbrio.
Quanto a mim, sigo tentando ficar bem com esse sentimento de vazio físico na família, pois espiritual meu pai continua conosco, certamente.
E, mesmo depois da minha cirurgia bariátrica, sigo enfrentando a vida, não por receio de engordar novamente, mas por medo de MORRER se eu não cuidar direito da minha saúde. Agora, ainda mais que antes, já que não assimilo naturalmente por alimentos os nutrientes necessários dos quais meu organismo precisa para estar 100%.
Vitaminas, vitaminas, exames regulares... serão constantes pra sempre.
Quer emagrecer? Assume a realidade e luta por isso. E quando resolver pensar em mágica? Saiba que não existe!!!
Beijinho