RECICLANDO A VIDA NA ALMA

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

ESTEATOSE HEPÁTICA e a MORTE

O dia está bonito lá fora, apesar do friozinho costumeiro aqui no sul do Brasil, nesta época. nem está muito frio. Mas temos um ventinho soprando mais forte.

Hoje estou com vontade de falar sobre a MORTE, porque afinal, esta ganhou mais um vivente importante pra mim esse ano. Ela levou meu pai daqui.

Meu pai havia completado seus 75 anos em dezembro de 2019, e ficou sabendo da sua doença de fato em setembro daquele ano. Eu contei pra ele, no dia do meu aniversário de 45 anos. Esse será um dia que não esquecerei, pois meu veio parece que não entendeu ou não quis registrar a informação que eu estava passando pra ele.

O levamos à capital do Estado para mais exames e realização de procedimento de quimio por embolização para tentar conter os tumores que se instalaram no fígado dele. Porém, muitos fatores foram resultantes da partida dele. Em setembro a médica especialista me informou que ele teria 1 ano de vida. Mas em outubro quando ele internou lá, as estimativas baixaram para 6 meses.

Foi sugerido transplante de fígado. Mas, na idade do pai, na condição em que ele estava e ainda toda a mudança e suporte que a família precisaria dar, ele nos disse que morar em outra cidade estaria FORA DE COGITAÇÃO. Meu pai... sempre pensando nos demais...

Para realizar transplante, tens de morar na cidade na qual esse será realizado até o momento da cirurgia, e por um tempo depois também.

Bem, mas o que a perda do meu pai tem a ver com tudo? ESTEATOSE HEPÁTICA.

Sim, meu pai foi diagnosticado com uma CIRROSE HEPÁTICA sem causa aparente. Pois essa doença evolui de uma hepatite, que ele não teve, de alcoolismo, que ele não tinha, por medicação, que ele nunca precisou pra nada ou, de ESTEATOSE.

Não foi confirmada nos exames a esteatose, pois meu pai já estava com o fígado completamente comprometido quando começou a sentir os sintomas que o fizeram finalmente procurar um médico... porém de acordo com o histórico do pai... que apesar de não apresentar nenhuma doença em mais de 70 anos, ser um homem que comia bem, muita fruta, muita verdura, ele também bebia muito leite, carnes e comia tudo que gostava. Teve épocas em que esteve bem acima do peso.

Todos os especialistas médicos que o atenderam me disseram que era praticamente certo que o pai teria desenvolvido cirrose de uma esteatose silenciosa.

Então, a obesidade mais uma vez veio registrar pra mim algo negativo e agora, significativo de fato... a MORTE.

É preciso regrar a vida, levar tudo em equilíbrio.

Quanto a mim, sigo tentando ficar bem com esse sentimento de vazio físico na família, pois espiritual meu pai continua conosco, certamente.

E, mesmo depois da minha cirurgia bariátrica, sigo enfrentando a vida, não por receio de engordar novamente, mas por medo de MORRER se eu não cuidar direito da minha saúde. Agora, ainda mais que antes, já que não assimilo naturalmente por alimentos os nutrientes necessários dos quais meu organismo precisa para estar 100%.

Vitaminas, vitaminas, exames regulares... serão constantes pra sempre.

Quer emagrecer? Assume a realidade e luta por isso. E quando resolver pensar em mágica? Saiba que não existe!!!

Beijinho 

terça-feira, 12 de maio de 2020

Retrospectiva até...

Então, depois da bariátrica todo aquele peso que eu carregava em mim e sequer percebia bem, se foi... e agora vou levando uma vida normal, mas sempre em busca de melhor rotina de tudo.

Realmente quem pensa que a Cirurgia Bariátrica é mágica, ou é a maneira mais fácil de atingirmos o que é preciso para emagrecer, está totalmente enganado...

Muda muita coisa... em mim, que sempre fui alérgica e dependente de corticoides e outros tantos medicamentos, confesso que fiquei com medo no início. Até hoje tenho um tanto de receio.

Nunca mais usei corticoide como antes. Eventualmente, em uma ou outra crise de asma, o médico me receitou algum medicamento..., mas se eu pudesse negligenciar o uso eu o fazia e faço.

É mais prejuízo o corticoide no nosso organismo. A não ser que a situação seja insustentável.

E assim, muitas outras mudanças... como o constante uso de B12, em injeções a cada 2 ou 3 meses, ou dependendo da necessidade...

As demais vitaminas também... que se tem de repor de tempo em tempo, pois depois da Bypass absorvo apenas 30% dos nutrientes necessários ao organismo. É preciso sim a suplementação.

Mas, tudo que se quer na vida exige algum esforço e alguma escolha... escolhi por fim a cirurgia... e agora tenho de me esforçar pra continuar me mantendo saudável.

E bora lá, que a vida chama!


terça-feira, 5 de maio de 2020

REINICIANDO

Boa noite, bloguinho!

Tanto tempo sem digitar nada aqui... e agora nesse 2020, em quarentena pelo tal vírus que se espalhou pelo mundo, tenho um tempo para resgatar gostos do passado ou reviver antigas rotinas de estudo, leitura, aulas particulares e o que mais der na telha junto ao home office a que a escola também nos brinda.

De 2016 pra cá, depois da cirurgia bariátrica muita coisa aconteceu de boa em minha vida, e não tão boas também... mas tudo faz parte.

Fiz a cirurgia, consultei até o primeiro ano na clínica do meu médico em Santa Maria (RS) e tudo sempre ok. Desde então faço acompanhamento aqui na cidade em que resido mesmo.

Com 7 meses de cirurgia bariátrica comecei a sentir mal estar, com dores abdominais, até uma falta de ar. Na verdade eu acreditava que o desconforto todo fosse estômago ou coluna... Mas, sempre foi tudo de leve. Coincidentemente marquei um exame de ecografia para ver meu estômago, fígado e tudo mais... os últimos estavam ótimos.

O exame foi marcado para um sábado pela manhã, pois com o trabalho na semana teria de faltar e não quis. Não é que sexta-feira à noite comecei a sentir uma dor terrível na coluna. Então tomei medicação para a dor, que aliviou. Precisei sair com meu esposo e fomos até uma casa de frios porque uma colega havia me encomendado pizzas e eu estava sem pratos de papelão. Ah, claro... essa é uma outra história...🍕

Quando chegamos na casa de frios, fiquei no carro com meu filho menor... comecei a sentir a dor aumentar e um enjoo enorme, vontade grande de vomitar. Pedi ao meu filho que pegasse uma sacola, qualquer coisa, pra que eu não sujasse o carro. A dor era tamanha que nem atinei a abrir a porta do carro... Aí só percebi uma espuma na boca, porque não tinha o que devolver...

 Depois que fiz a cirurgia nada fica no estômago, que quase nem tenho... Segundo exame que fiz mês de março passado, o médico gastro me disse que TENHO UNS 4CM DE ESTÔMAGO. Minha bari foi Bypass Gástrico.

RETOMANDO... Só percebi uma espuma, muita dor no lado esquerdo do peito, nas costas, tanta que mal podia respirar. Pensei que estava infartando... Logo ainda passamos na casa da colega pra deixar a encomenda e pedi por uma farmácia... compramos um Epocler e tomei ali mesmo! Melhorei um pouco quando cheguei em casa, e na hora de dormir meu esposo ficou fazendo massagem nas minhas costas.

Dormi, passou a crise. Na manhã seguinte o exame. O médico que faria o exame perguntou  como eu estava, expliquei a noite anterior. Ele deu início às imagens e disse: "mas também, tu tens qualquer quantidade de pedra na vesícula"... 

Não deu outra, lá nós em Santa Maria mais uma vez com o cirurgião da bari pra ver a vesícula. Fiz outra cirurgia. Um sucesso! Saí do hospital direto pra um restaurante ainda na estrada quando voltávamos a caminho de casa... Nenhuma restrição alimentar! Vida normal.

Quando fiz pesagem para a cirurgia em 2016 estava com 117 kg... estive bem mais pesada antes... e desde então eliminei muitos quilos... que chegaram a ser 54 kg, ao que pesei 63 kg. Porém, pela minha idade e estatura o médico e a nutri registraram como ideal 72 kg.

Luto até hoje para ficar com o peso ideal. Baixei disso... e nesses 4 anos, só uma vez consegui permanecer quase aí. Agora, na verdade não tenho me pesado, estou "trancafiada em casa" com receio da Covid19... a última vez deu uns 66 kg.

Log volto com mais registros.

Fuis...